terça-feira, 3 de novembro de 2009

O Movimento Antropofágico

O Movimento Antropofágico

O Movimento Antropofágico, de 1928, liderado por Oswald de Andrade é uma resposta às questões colocadas pela Semana de Arte Moderna de 1922. Para ele, a renovação da arte nasceria a partir da retomada dos valores indígenas, da liberação do instinto e da valorização da inocência.

O Movimento Antropofágico é um desdobramento mais radical do Pau Brasil e uma retomada do Movimento Tropicalista, da década de 1960.

O objetivo de Oswald de Andrade era a de “uma atitude brasileira de devoração ritual dos valores europeus, a fim de superar a civilização patriarcal e capitalista, com suas normas rígidas no plano social e os seus recalques impostos, no plano psicológico” (Antonio Candido).

influências hoje:

repercussão da Semana de Arte Moderna

Há 81 anos, um grupo de conferencistas abria uma das maiores manifestações culturais da história, a Semana de Arte Moderna, que reuniu artistas, músicos, poetas, escritores e pintores. A semana prometia o novo, algo a ser recebido com uma certa curiosidade e interesse, mas não foi isso que aconteceu. Na noite principal, enquanto Menotti Del Picchia expunha as características e objetivos do movimento, Mário de Andrade recitava a Paulicéia Desvairada sob vaias. Isso aconteceu com quase todos os artistas. Mas esse era o espírito do movimento: o deboche, a ironia, o bom humor, tudo fio condutor por onde os jovens intelectuais paulistas quebravam laços com os movimentos anteriores.

A semana de 22 foi o primeiro passo para a arte brasileira de hoje. Sem a semana de 22, provavelmente nossa produção artística tivesse seguido um rumo diferente, e hoje não conheceríamos a tão cantada Garota de Ipanema.


http://blog.clickgratis.com.br/estudanteemacao/81275/Semana+da+Arte+Moderna.html


Por: Sofia Lisboa

sábado, 24 de outubro de 2009

O SARAMPO ANTROPOFÁGICO

A respeito do movimento modernista, os críticos e os estudiosos entram em sintonia num ponto: a Semana de Arte Moderna, realizada em 1922, em São Paulo, representou um marco, verdadeiro ponto de inflexão no modo de ver o Brasil. Não só de ver como de escrever sobre o Brasil. Em geral, os artistas e intelectuais de 1922 queriam arejar o quadro mental da nossa "intelligentsia", queriam pôr fim ao ranço beletrista, à postura verborrágica e à mania de falar difícil e não dizer nada. Enfim, queriam eliminar o mofo passadista da vida intelectual brasileira.
Do ponto de vista artístico, o objetivo fundamental da Semana foi acertar os ponteiros da nossa literatura com a modernidade contemporânea.
Para isso, era necessário entrar em contacto com as técnicas literárias e visões de mundo do futurismo, do dadaísmo, do expressionismo e do surrealismo, que formavam, na mesma época, a vanguarda européia. Desse ângulo, o modernismo é expressão da modernização operada no Brasil a partir da década de 20, que começava a dar sinais de mudança (vide, no plano político, o movimento rebelde dos tenentes) de uma economia agroexportadora para uma economia industrial.
Esse juízo é, do ponto de vista mais geral, certeiro; no entanto, ele não deve esconder as diferenças no seio do movimento de 22. Diferenças de ordem política, ideológica e estética. Na verdade, houve duas correntes modernistas: uma de inspiração conservadora e totalitária, que iria, em 1932, engrossar as fileiras do integralismo, e outra, mais crítica e dissonante, interessada em demolir os mitos ufanistas e contribuir para o conhecimento de um Brasil real que não aparecia nas manifestações oficiais e oficiais da nossa cultura. O pressuposto essencial de 22, o autoconhecimento do País, tinha a um só tempo de acabar com o mimetismo mental e denunciar o atraso, a miséria e o subdesenvolvimento. Mas denunciar com uma linguagem do nosso tempo, moderna, coloquial, aproveitando o arsenal estilístico e estético das inovações vanguardas européias.


O texto acima é parte de um editorial. Foi publicado na Folha de S.Paulo no dia 15 de maio de 1978

Por: carolina medeiros
http://http://almanaque.folha.uol.com.br/semana22.htm

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O programa de modernismo.

1921 marca o início da busca de abrir terreno às novas ideias:


  • Rejeição das concepções estéticas e práticas artísticas românicas, parnasianas e realistas;

  • Independência mental brasileira e recusa às tendências européias em moda nos meios cultos conservadores;

  • Elaboração de novas formas de expressão, capazes de apreender e representar os problemas contemporâneos;

  • Transposição, para a arte, de uma realidade viva: conflitos, choques, variedade e tumulto, expressões de um tempo e uma sociedade

Essas ideias vem se desdobrando ao decorrer de todo o movimento, gerando caminhos: a poesia pau - Brasil, o verde-amarelismo, a antropofagismo, regionalismo, a reação espiritualista e a consciência social.


Esse grupo de pintores, introduzem as coordenadas culturais da nova era o mundo da técnica e do progresso que o modernismo glorifica para depois, criticar por suas conseqüências na esfera política e social.

Fonte.

Por: Carolina Medeiros :D

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Críticas da Semana da Arte Moderna

A semana da Arte Moderna fez mais que apenas expor arte, ela denunciou "a alienação das camadas cultas em relação à realidade do país" e faz diversas críticas às desigualdades sociais.














Café
(1934) por Portinari. Nota-se o tamanho dos pés a das mãos, que expressam a força física e moral dos trabalhadores. Em contrapartida o fazendeiro, no lado superior direito, tem mãos e pés pequenos.





Mangue (1929), de Di Cavalcanti retrata a zona do baixo meretrício no Rio de Janeiro.










Fonte

Por Mattheus Begali

terça-feira, 8 de setembro de 2009

A Semana de Arte Moderna apresentou modificações consideráveis na literatura modernista; foi uma verdadeira revolução literária que estabelecia uma liberdade absoluta na arte. Um dos grandes objetivos deste evento foi situar a literatura brasileira na modernidade contemporânea. Isso só foi possível após um contato com as técnicas literárias e visões de mundo da vanguarda européia, provenientes do futurismo, do dadaísmo, do expressionismo e do surrealismo.

Principais características:

  • Rompimento com as estruturas do passado; contra os padrões clássicos e a tradição
  • Definições de posições bem determinadas e próprias.
  • Caráter anárquico e destruidor; irreverência contra o pré-estabelecido.
  • Nacionalismo; consciência nacional.
  • Pesquisa através da volta às origens.
  • Tentativa de criar uma língua brasileira; a língua do povo; linguagem coloquial, do dia-a-dia; regionalismo.
  • Valorização do índio autêntico brasileiro.
  • Liberdade formal; versos livres; ausência de rima; liberação do ritmo; liberdade de estrofação.
  • Sem enfeites e rebuscamento; a simplicidade.
  • Preocupação com a observação e análise crítica da realidade.

Por : Sofia Lisboa.

Artistas

Anita Catarina Malfatti
Nasceu em São Paulo, em 1896, e seus primeiros estudos artísticos foram orientados pela mãe, pintora amadora. Em 1912 foi enviada para a Alemanha, a fim de cursar a Academia de Belas-Artes de Berlim, após curto estágio em Dresden.
Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque Melo - Di Cavalcanti
Possível autor da iniciativa de 1922, Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque Melo, artisticamente conhecido como Di Cavalcanti, nasceu e morreu no Rio de Janeiro. Teve seu trabalho publicado pela primeira vez em uma revista, em 1914. Realizou sua primeira mostra individual em 1917, como desenhista; era então na opinião de Mário de Andrade, "o menestrel dos tons velados", e utilizava como meio de expressão predileto o pastel, evocando figuras femininas "de angelitude então em voga". Em 1921 realizou sua primeira exposição de pinturas e em seguida presenciou a Semana de Arte Moderna, ao que parece originada de uma sugestão de Di Cavalcanti e Paulo Prado.
Flávio de Resende Carvalho
Pioneiro da arquitetura moderna brasileira, pintor desenhista, escritor, Flávio de Resende Carvalho estudou na Inglaterra e sempre se distinguiu pelo arrojo e pelo ineditismo de sua atuação. Foi um inovador, acostumado, desde o princípio, a nunca pisar caminhos já sulcados. Sua originalidade revelou-se, por exemplo, no Bailado do Deus Morto, quando realizou cenários luminosos para uma sinfonia coreográfica de seu amigo Camargo Guarniere.
Alberto da Veiga Guignard
Ainda adolescente, Alberto da Veiga Guignard, seguiu com sua família para a Europa onde cursou as academias de Arte de Florença e Munique, e expôs por duas vezes no Salão de Outono, em Paris. Referindo-se a si mesmo na terceira pessoa.
Ismael Nery
Descendente de índios, negros e holandeses, Ismael Nery, tinha dois anos de idade quando sua família se fixou no Rio de Janeiro; aos 15, matriculou-se na Escola Nacional de Belas-Artes, da qual foi aluno rebelde e displicente. Ao contrário de Di Cavalcanti, Tarsila e Vicente do Rego Monteiro, Ismael Nery buscava o universal: nunca o preocupou a eventualidade de uma pintura brasileira.
Lasar Segall
Pintor, escultor, desenhista e gravador, Lasar Segall nasceu em 1891 em Vilna, na Lituânia, e nessa cidade (então parte integrante do território russo) deu início ao seu aprendizado, com o escultor e gravador Markus Antokolski. Em 1906 emigrou para a Alemanha, estudando na Academia de Belas-Artes de Berlim entre 1907 e 1909, quando foi desligado por ter participado da Freie Sezession — uma exposição de artistas descompromissados com a estética oficial — na qual conquistou o Prêmio Max Liebermanu.
Milton Dacosta
Nascido em1915 em Niterói, foi um artista precoce. Sua primeira participação no Salão Nacional de Belas-Artes se deu em 1933, e sua primeira mostra individual realizou-se em 1936, na Galeria Santo Antônio, no Rio.
Tarsila do Amaral
À margem da Semana de Arte Moderna, despontaram algumas personalidades importantes, sem as quais não seria possível apresentar um quadro completo da criação modernista, pois sua obra é fundamental tanto pelo nível expressivo quanto pela originalidade da solução. E não é exagerado afirmar que entre esses criadores isolados se encontram alguns dos maiores artistas brasileiros deste século, como Tarsila do Amaral, Antônio Gomide, Celso Antônio de Meneses e Osvaldo Goeldi.
Vicente do Rego Monteiro
Respondendo a um inquérito entre artistas, organizado por Walmir Ayala, Vicente do Rego Monteiro alinhou, como influências que mais fundamente o marcaram. ‘o Futurismo, o Cubismo, a estampa japonesa, a arte negra, a Escola de Paris.

Fonte

Por: Mattheus Begali.

A Semana de Arte Moderna ocorreu em uma época cheia de turbulências políticas, sociais, econômicas e culturais. As novas vanguardas estéticas surgiam e o mundo se espantava com as novas linguagens desprovidas de regras. Alvo de críticas e em parte ignorada, a Semana não foi bem entendida em sua época. A Semana de Arte Moderna se encaixa no contexto da República Velha, controlada pelas oligarquias cafeeiras e pela política do café-com-leite. O capitalismo crescia no Brasil, consolidando a República e a elite paulista, esta totalmente influenciada pelos padrões estéticos europeus mais tradicionalistas.

Fonte

Por: Victória Beatriz.